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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

É verdade, eu o amava. Não com esse amor de carne, de querer tocá-lo e possuí-lo e saber coisas de dentro dele. Era um amor diferente, quase assim feito uma segurança de sabê-lo sempre ali.
Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Há quatro perguntas de valor na vida: ”O que é sagrado?”, ”Do que é feito o espírito?”, ”O que é importante na vida?” e ”Porque vale a pena morrer?”. A resposta para cada uma é a mesma: Apenas amor.
Johnny Depp (lê-se: ídolo número 1)
 " Sentir saudades e difícil, ainda mais sabendo de que você está longe de mim. Eu imagino se realmente tivesse viajado aquela época... Acho que teria morrido. Eu sei que sentir saudades é difícil demais, mais te peço, não desista de mim, por favor, eu não consigo me imaginar sem você, não consigo me imaginar longe de você. Não longe de seus beijos, não longe da sua vida e de seu carinho, eu sinto meu corpo morrendo aos poucos, meus pés doem, minhas mãos cansadas já não seguram mais meu rosto, mas te peço, não desista de mim pelo amor de Deus, eu te amo mais que tudo, e não viveria sem você."

Danilo Baciga (lê-se: meu amor maior)




Lhe digo em resposta, amor, uma opinião minha que, muitas vezes, salvou minha vida....
Eu sempre achei o suicídio uma coisa estúpida (sem ofensas), sempre preferi enfrentar os problemas, as dificuldades, a dor e até o nada... Sempre achei mais sensato o homícidio ao suicídio.. Então, me sentiria completamente estúpida se desistisse de ti, porque desistir de ti, é desistir da minha própria vida. É suicídio. E você sabe bem que eu sou uma garota teimosa e que para mudar minha opinião é necessário de muito jogo de cintura, aí, eu lhe afirmo: se eu tiver que matar pra poder ver você sorrir mais uma vez, eu o farei. Homicídio. Mas nunca.. Nunca desistirei de ti. Porque a vida é tão linda e eu quero tanto poder vive-la com você que seria estúpido de verdade cometer suicídio, ainda mais um tão doloroso quanto este. 
Então escute quando digo-lhe que nunca estará sozinho, acredite quando o eu te amo vem de forma inesperada. Não se preocupe com o fato de tua vida estar em minhas mãos, porque, amor.. Eu jamais desistirei de lutar pelo teu sorriso. De conquistar o teu amor. De te amar. Re-amar. E amar de novo, pela eternidade de nossos dias. Pela eternidade de nosso amor. Jamais. Porque, eu repito: desistir de ti, é desistir de mim, é desistir da vida... Da minha vida.
 


 


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

02h39min.
Amor,

Explica-me... Como eu posso tentar te acalmar se eu mesma estou em pânico? Se eu mesma me sinto sem chão. Sem ar. Sem paz? Como isso?
Como vou dizer-lhe que ta tudo bem se não está? Se parece que tem uma faca no meu peito querendo me aniquilar?
É tão ruim ficar longe de você. Parece um pesadelo, amor. Eu não consigo acreditar que isso esteja acontecendo. Parece que eu to sonhando, e que, quando eu acordar vai ficar tudo bem... É um sonho, amor? Tem que ser. Tem que ser. Porque é ruim demais isso... Dói demais isso.
Todo lugar que eu olho eu lembro de um sorriso teu e aí, meus olhos se enchem de lágrimas e eu peço a Deus para que você me ligue pra me acalmar. Toda música que eu escuto tem algo em que diz que vai ficar tudo bem, mas é tão difícil acreditar nisso sem o seu sorriso comigo.
E eu sei bem, que você também ta desse jeito, que você também ta sofrendo e eu tenho lhe dizer que vai ficar tudo bem, que tudo vai voltar como dois dias atrás, mas, eu mesma, temo que isso não aconteça. Eu tento lhe dizer pra não perder o controle e agüentar, mas eu mesma não sei se tenho autocontrole suficiente pra isso, eu mesma não sei se vou agüentar.
E eu ouço sua voz, e tudo se aquieta. A paz volta por poucos minutos.
É estranho isso, tava tudo indo tão bem... Tudo indo tão perfeitamente bem. E de repente, me tiram o chão. Eu posso ver, quando eu olho no espelho, cada linha do meu rosto mostra a exaustão, as olheiras debaixo dos olhos mostram uma noite sem dormir e um dia inteiro chorando.
“Mas você sabe que acidentes podem acontecer e tudo ficar bem, nós às vezes tropeçamos e isso não é por toda sua vida, é somente por um dia”.
Eu tenho medo, amor. Eu tenho muito medo. Medo de que isso não passe, medo de que não seja só um dia. Eu morro de medo de ficar longe de você. Não poder cuidar de ti. Não poder sentir o gosto doce dos teus lábios. Não poder sentir o calor do seu corpo. Eu morro de medo de ficar sem fazer cócegas em você. Sem ouvir sua respiração. Sem perguntar se ta tudo bem cada vez que você viaja um pouquinho. Eu tenho medo de ficar sem as simples coisas do nosso dia-a-dia... Sem os seus abraços apertados que me faziam sorrir sem perceber. Eu não posso, amor. Ficar sem o seu cheiro. Sem o seu sorriso. Sem seu corpo colado no meu.
Sabe, amor, são coisas simples que me fazem chorar quando penso em ficar sem...
Não sei quanto tempo agüento ficar sem ver você fechar os olhinhos cada vez que fala eu te amo seguindo de infinitos muitos. Sem você acender dois cigarros de uma vez e me dar um. Sem você segurar minha mão pra descer do ônibus ou falar pra mim que não vai me deixar cair dentro do metro. Não sei, amor, se eu agüento muito tempo sem te deixar com dores insanas e sem ir dar um abraço em Deus e voltar em frações de segundos. Dói tanto essa saudade, esse medo. Eu durmo e acordo com um buraco imenso no peito. Durmo chorando e acordo chorando. É desesperador ficar longe de você.
Nem minhas palavras mais estão saindo certas. Ta tudo confuso e eu me sinto perdida, amor. Amor. Amor. Tem o poder de nos aproximar do céu com simples gestos e o poder de nos levar ao inferno com uma simples frase. Amor.
Mas, eu vou ficar bem, você vai ficar bem, vai ficar tudo bem, não vai?
Eu te amo, amor. Eu te amo muito e ninguém muda isso.
Hoje estou feliz porque sonhei com você e amanhã posso chorar por não poder te ver, mas o seu sorriso vale mais que um diamante e se você vier comigo ai nós vamos adiante. Com a cabeça erguida e mantendo a fé me Deus, o seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu! 
 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mamãe,

Eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, e sei também que não sou santa, mas, porque, mamãe? Porque ta querendo me machucar tanto?
Porque ta dizendo essas coisas que sabes muito bem que doem como uma facada? Porque ta me xingando tanto e dizendo que não me queria, se soubesse que seria assim...
Mamãe, eu mudei tanto... Você mesma disse, eu tento mudar, eu tento tolerar, eu juro que eu tento... Mas porque mamãe? Porque você ta fazendo isso?
Eu sinto tanto orgulho de você, sabia mamãe? Eu sinto tanto amor dentro do meu coração. E aí, você me machuca desse jeito. Poxa, mamãe, você viu o quanto eu brigo meu pai... Porque ele te faz mal, você viu o quanto eu faço de tudo pra que você mude sua cabeça e fique sempre bem. Você sabe, de tudo o que eu passei, sabe o quanto eu sofri por um erro e aí, quando finalmente eu to no acerto você tenta tirar de mim... Porque isso mamãe?
Me diz, o que eu fiz de tão errado assim, mãe? O que eu fiz pra você querer tirar minha vida de mim? Sabia que isso é pior que matar uma pessoa, mãe? Sabia que tirar quem a gente ama de nós é pior do que tirar a nossa vida? Se a gente morre, sofre na hora e depois vai pro paraíso. Mas se não, se tiram-nos o que amamos, a gente sofre, a gente sofre muito, mãe. Você sabe disso... Sabe o meu avô? Sabe quando ele morreu? Doeu muito em mim e sei que doeu em você... Porque? Porque ele era sua base, seu chão, sua vida. Então você entende... Você sabe bem como dói quando tiram-nos o que a gente ama... Sabe bem o quanto machuca ficar sem quem a gente ama. Então porque, mamãe? Porque ta querendo tirar quem eu amo de mim?
Eu não fiz nada de errado, mãe... Sabia que ele é o amor da minha vida, mãe? Caramba sabia que eu não consigo viver sem ele? Mãe! Porque? Você não tem direito de fazer isso, você não tem direito de tirar a melhor parte de mim... Você pode me bater, me espancar, me quebrar, me socar, me expulsar de casa, mas não... Você não pode tirar ele de mim! Isso não; isso. Não.
Qual é o motivo de tudo isso? Meu pai... Ele te culpa do que a gente faz, do que a gente fala? Desculpa, mãe... Mas se ele é errado, eu não tenho culpa, se ele não nos soube educar, eu não tenho culpa. Eu te amo tanto, mãe. Que droga! Tanto.
Eu não desapareci daqui ainda você sabe que é por sua causa, eu não larguei e tudo e fui à procura de liberdade, por sua causa. Eu sofri um ano inteiro, por sua causa. Então, olha, saiba que não é só você que perde as coisas, que chora a noite, que sente que tudo ta errado pelos outros, ta bom? Fica ciente disso. Porque se for pra um tacar a culpa no outro então eu digo: eu perdi um ano inteiro da minha vida por sua causa, eu fiquei louca por sua causa, eu deixei de salvar quem eu precisava salvar pra salvar a sua vida. Então para. Para com isso!
E entende uma coisa... Ninguém – não de novo, não dessa vez, não sem motivo – vai tirar quem eu mais amo de mim. Não. De novo.


Eu amo você, apesar disso tudo. E eu amarei, até que vire ódio.

De quem já deu a vida por você.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Achei fofo.








Mesmo no desespero de uma guerra, o carinho e amor pelo inocente ainda prevalece. 

Fofissímo!

00h15 min. Nove de dezembro de dois mil e dez.

Cinco meses. Exatos cinco meses. E o que eu posso lhe dizer? Entre o obrigada e eu te amo está tudo o que você me causa, todas as sensações que sinto ao lado teu. Como a indescritível alegria que me dá ver seu sorriso, ouvir seu riso. Ou a imensurável felicidade que é para mim, ouvir alegria na sua voz e saber que fui eu quem trouxe isto. Ou os prazeres que você me dá... Desde o chocolate que sempre me compra quando tenho vontade até os momentos insanos. Também a paz e o alivio a cada abraço que recebo. E a ansiedade de dar nó na garganta e dor de barriga cada vez que sei que vou te ver – mesmo depois de cinco meses, sempre como se ainda fosse nove de Julho, duas e meia da tarde, na estação barra funda.
Você sabe que a gente se completa, você sabe de tudo o que já passei e eu sei de tudo o que você já passou... E na carência e na falta de algo estamos ai, juntos, superando tudo. Apoiando um ao outro. Nos amando intensamente e incontrolavelmente. É tudo isso que torna magnífico o meu amor, o seu amor, o nosso amor. Esse misto de sensações e desejos. Esse companheirismo. Essa alegria por te ter ao meu lado. Essa confiança que temos um no outro. Todo esse amor que cresce a cada segundo mais – e digo isso com certeza, porque a cada palavra que escrevo sinto meus olhos se encherem de lágrimas e minha garganta pedir por um grito de eu te amo.
Tão intenso e tão lindo é esse amor... Um sentimento que eu jamais imaginei receber ou dar. Sempre tão fria e tão seca agora estou aqui, em frente a um computador, escrevendo palavras doces, com os olhos cheios de lágrimas e amando alguém que me ama também. Aqui as 00h32 com uma felicidade desumana por ter tido algumas horas ao seu lado e por saber que hoje é mais um mês de muitos, de muitos – muitos MESMO – que vamos passar juntos.
Eu perco o sono por sua causa desde o primeiro dia, você sabe disso... Eu fico sorrindo sozinha, lembrando de cada palavra tua, de cada sorriso teu.
Eu te amo tanto, meu amor. Tanto. Que eu não consigo dizer o quanto. É imensurável. É grande demais. Eu nunca, nunca imaginei que me sentiria assim. É tanta felicidade num só coração, amor.
Meu príncipe, minha vida, meu sorriso... Você é tudo o que eu mais queria. Sinto-me completa ao seu lado. Sinto-me em paz.
Você não sabe o quanto é bom para mim... Bom não, maravilhoso, incrível, mágico, ter você ao meu lado, compartilhar minhas alegrias e tristezas com você, poder cuidar de você, saber que você confia em mim e poder confiar em você também. Quando digo que quero me casar com você, que quero lhe dar um filho – dois, três, quatro – é por tudo isso... Porque eu sei o quanto precisa que alguém te cuide e eu não vejo a hora de poder fazer isso por todos os dias das nossas vidas, de ver você saindo pro trabalho, sentir saudade pelas horas em que estiver lá e depois, quando você chegar cansado, poder olhar pra ti e dizer que a comida ta na mesa, sentar pra jantar, saber como foi seu dia, colocar tua cabeça no meu colo e fazer carinho até você dormir, poder te ver dormir, cuidar de você todas as horas do dia, poder te beijar a hora que eu quiser, te abraçar a hora que eu quiser. E Eu quero sim realizar o seu sonho de ser pai. Te dar um Miguel, ou uma Manuella, ou os dois. Eu perco o sono com isso também. Eu gosto de imaginar nossas vidas daqui a seis, sete, dez anos. Gosto de olhar vestidos de noiva, arranjos de festa e de imaginar nosso casamento... Tenho diversas anotações de planejamento de uma casa boa para nós, os quatro cachorros, o gato e as duas crianças – é, isso mesmo rs -, eu gosto de imaginar o nosso futuro, de planejá-lo, na verdade, porque eu sei que temos sim um futuro imenso pela frente. E pra quem queria morrer aos trinta, agora eu já quero viver mais, muito mais, pra poder ficar do seu lado. Você me fez querer viver!
Obrigada por todo o seu amor, meu anjo. Obrigada por sempre estar ao meu lado. Obrigada por me fazer ser o melhor que eu posso ser, por você. Só por você. Como sempre, amor, tudo o que eu faço, cada passo que eu dou... Sempre há um propósito, sempre há uma única razão... Você e esse sorriso que eu tanto amo.
E assim eu continuo entre o obrigada e eu te amo, porque é isso tudo o que eu consigo lhe dizer, sem gaguejar, ou fazer com que perca o nexo, porque as outras palavras saem sem sentido, saem pontuadas onde não era para estar...

Eu te amo mais do que pensei que meu coração pudesse suportar.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Diário de um cão.



1ª semana: Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1 mês: Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2 meses: Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova “família humana ” cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses: Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como “irmãozinhos”. Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.

5 meses: Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz “pipi” dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para agüentar. 

8 meses: Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido… Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, às vezes, me excedo, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço!

12 meses: Hoje completo um ano. Sou um cão adulto. Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim!

13 meses: Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está acontecendo.

15 meses: Já nada é igual… Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue…

16 meses: Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia! Nos direcionamos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. “Ouçam, Esperem!” lati… se esqueceram de mim… Corri atrás do carro com todas as minhas forcas. Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam. Haviam me esquecido.

17 meses: Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minha alma. Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém! Mas somente dizem: “pobre cãozinho, deve ter se perdido.” 

18 meses: Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus “irmãozinhos”. Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras “para ver quem tinha melhor pontaria”. Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.

19 meses: Parece mentira quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 meses: Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado “calçada”, mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Quisera que tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor é terrível! Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho…

Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo esta caindo…Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: “não chegue perto”. Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. “Pobre cãozinho, olha como te deixaram”, dizia… junto com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: “Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio”. É melhor que pare de sofrer”.

A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria.

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Emocionante, sim. Eu mesma, tão dura e tão "sem coração" chorei.. Eu me emociono fácil com o que diz respeito a algo que amo. E eu amo os animais, todos eles. São os seres mais puros e sinceros que podemos encontrar. Revoltante, também... Vejo nas ruas, cães, gatos, cavalos e todos os tipos de animais jogados, largados... Enquanto é filhote é tudo muito lindo, mas quano cresce vão lá e jogam! Porque as pessoas se sensibilizam tanto com crianças jogadas e passam reto quando são animais? Há sentimentos, assim como em uma criança! 


Diga não ao maltrato contra animais.
Diga não ao abandono de animais.
Diga não ao tráfico de animais.


Não compre animais, adote-os!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


" Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. (....) " 

Caio F. Abreu. 


Então não pare de remar, meu amor. Eu sei que cansa, e que às vezes da vontade de desistir, mas não para não. Assim eu continuo remando, e nós continuamos remando juntos... Até um lugar seguro para ficar.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Caro amigo,

está é uma carta de uma provável despedida - ou não, você sabe, mudo de humor como um camaleão muda de cores, meus pensamentos oscilam do bem para o mal em segundos, mas nesse exato momento é uma despedida, desculpe.
Controlei os meus instintos por muito tempo, as minhas vontades e os meus desejos, a cinco meses atrás eu resolvi sabotar meu ego, sabotei meus principios e os principios que eram imposto a mim; Eu me entreguei aos meus desejos, aos meus instintos e as minhas vontades, me entreguei ao mundo que eu procurei, que eu desejei. Encerrei todos os meus sacrificios para manter-me longe do que atiçava meus desejos, minhas vontades, entreguei-me por inteiro. Dexei-me consumir pelo meu desejo, minha vontade, nomei-o meu vicio, sim, meu vicio; entreguei-me a meu vicio, entreguei minha alma a meu vicio, entreguei meu ser a meu vicio, entreguei-me por completo ao meu único vicio. Sem medo das consequencias que esse vicio causaria, entreguei-me. Sem temer as confusões que esse vicio causaria, entreguei-me. Vivendo intensamente meus desejos, meus instintos, entreguei-me. Porque este belo vicio fazia-me viver.
Então caro amigo, sem temer eu fui, entreguei-me a esse vicio, esse doce e proibido vicio. Entreguei-me por completo. Segui por cinco meses, tropecei, caí, levantei, e a cada dia esse vicio crescia, a cada dia. Até que então, eu senti.
Senti exatamente o momento em que a minha vida se passou-se para a dele.
Senti exatamente nossas vidas se ligando de uma forma incrivel.
Eramos um, eu respirava para ele respirar, ele respirava para eu respirar. Viviamos uma só vida, uma só vida proibida.
Até que algo despertou nosso belo sonho, até que algo despertou nossa bela vida. Acabaram com tudo, caro amigo, isso mesmo, tudo foi pro água a baixo e eu perdi meu chão, perdi o meu ar.
Acalme-se meu caro, isso ja faz três meses mas a falta ainda me ataca. Dói. Estou de pé, tenho um realcionamento que me completa, mesmo ele sendo pra sempre ele. Por isso não tenho certeza se está é uma despedida, talvez seja um aviso. Isso, um aviso. Estou perfeitamente bem nesse exato momento, mas tenho reacaidas e, talvez, em uma dessas recaidas então se torne uma despedida. Caso isso ocorra, caro amigo me perdoe, por favor, me perdoe. Não sei até quando serei forte o suficiente.