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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pág. 488 - CAP. XXVIII.
Garota Problema

Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Mas eu sinto que eu tô viva a cada banho de chuva que chega molhando meu corpo nu
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas e isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente aonde eu queria estar
Mas eu sinto que eu tô viva a cada banho de chuva que chega molhando meu corpo...
A minha alma nem me lembro mais
em que esquina se perdeu
ou em que mundo se enfiou
Mas já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa.
 
Pitty - Deja Vu

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É como se eu estivesse a base de morfina desde...Desde o que? Eu não tenho motivo algum para isso. Anestesiada. Paralisada. Nada me faz sorrir. Nada me faz chorar. Nada me faz sentir - pelo menos na maior parte do dia, das suas vinte e quatro horas, eu passo quinze assim e as outras nove conseguem se oscilar em risos... Inaudiveis e com nem tanta empolgação, mas ainda assim são risos.  
Não entendo... Definitivamente não entendo o porque disso... É agoniante não sentir nada. Não há fome. Não há sono. Não há saudade. Não há vontade de sorrir. Não há vontade de falar. Não há vontade de abraçar. Não há vontade de beijar. Não há vontade de beber. Não há vontade de fumar, a fumaça que ainda sai da minha boca é pelo vicio e costume. Não há vontade de nada. Nem de ficar sozinha, nem de ter alguém pelas voltas. Nem de dormir nem de ficar acordada. Simplesmente não há nada
Isso me maltrata, porque me dá peso na consciência ouvir um eu amo você e não ter a minima vontade de retribuir. Ou ser beijada e não te vontade de beijar. Ou ler algo que, há alguns dias atras, faria-me chorar e simplesmente não sentir nada. É uma droga isso. Cacete! 

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Às vezes a vida é má e eu não consigo ver a luz, um forro de prata as vezes não é suficiente para fazer alguns erros parecerem certos.O que quer que a vida traga eu já passei por tudo; e agora caio de joelhos novamente,mas eu sei que devo seguir em frente embora doa eu devo ser forte porque dentro de mim, eu sei que muitos sentem-se desse jeito.
Crianças não parem de dançar
Acredite! Você pode voar
Para longe... bem longe
Às vezes a vida é injusta e você sabe que é claro entender. Ei Deus, eu sei que sou só um ponto neste mundo. Você se esqueceu de mim?O que quer que a vida traga eu já passei por tudo e agora, estou de joelhos de novo, mas eu sei que devo ir embora; embora eu me fira eu devo ser forte porque dentro de mim eu sei que muitos pensam desse jeito
Será que estou escondido nas sombras?
Esqueça da dor e esqueça das tristezas.

Creed - Don't Stop Dancing 


And sixteen months after, girl problem is back.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tudo o que eu passo pode-se comparar a uma montanha-russa: No momento em que ela chega ao topo, logo cai. E cai tão rápido. E eu me assusto tanto. E dói.
CAP. XXVII
Garota Problema

Começou com a oscilação de humor. Ora feliz, ora triste. Depois, a auto estima caiu... Odiei meu corpo por vários dias. Sinto necessidade de emagrecer e não me sinto capaz.  Depois, veio promiscuidade. Pensamentos promíscuos, atos promíscuos. E, logo, o nada. Pensei que eram saudades do meu namorado – errado, o nada continuou a existir mesmo com ele ao meu lado. Pensei que era TPM – errado de novo. Por último, reconheci que era uma recaída.
De repente... Estava sorrindo e rindo, logo, olhei a minha volta e quis ver o fogo queimar nas coisas. Por que? Nem eu sei. De repente, eu me vi replanejando aqueles velhos planos malucos pela necessidade de sangue... Horrível! De repente – e isso é o que mais está me machucando – eu passei a desconfiar de tudo, de todos e até do nada a minha volta... Passei a desacreditar naquele amor, passei a imaginar coisas terríveis, passei a desconfiar de cada amigo ao meu lado; Perdi o controle da minha mente de novo. Surtos? Nem um por enquanto. Brigas? Nem uma por enquanto. 
Não tive vontade de fumar, não tive vontade de beber – ainda – só senti muito sono e um desejo insano de ficar sozinha e dormir, dormir e dormir... Ao mesmo tempo, queria meu namorado por perto. Num mesmo instante em que ele me dizia o que sentia, minha mente voava longe, com pensamentos completamente insanos e desumanos. Em fração de segundos, meu coração saltou e bateu mais forte, o que prendeu minha atenção e quando me dei conta de quem estava na minha frente, em meus braços, vi as lágrimas que estavam em seus olhos... Isso, felizmente, conseguiu me prender atenção – então pelo menos a dor dele continua me dando agonia -. Frações de segundos de novo e meus olhos se encheram de lágrimas; dessa vez, essa porra toda foi em fração de milésimos... Senti o sangue queimar em meus olhos e fiz uma força terrível para sorrir, mas podia sentir que meu sorriso estava apagado – não fraco, nem triste, e sim irônico... Mas não questione. Depois, em minutos curtos, fiquei desumanamente feliz, mesmo sabendo que meu namorado estava indo embora, os últimos minutos me deram um tesão do caralho – literalmente – e então, vazio de novo, quando ele se foi embora, e dessa vez, era isso mesmo. Agora, às 01h19 min da madrugada tento entender qual a porra que ta acontecendo comigo de novo. Dezesseis meses depois. Assino como garota problema, um texto que fala de distúrbios – de novo. 


domingo, 17 de outubro de 2010

Cada detalhe de você.

É o jeito que ele me olha, o modo como sorri pra mim, o jeito como ele me toca que faz meu coração parar de bater e de repente voltar com força total. É o carinho imensurável que ele me dá, a atenção que ele tem comigo. São as palavras que ele diz, é o sorriso que ele tem quando está comigo, é o riso dominador que me faz ficar zonza. É o modo como os olhos dele piscam, o cheiro que tem a roupa dele misturado com fumo, o modo como a boca dele se mexe grudada com a minha; é o desenho perfeito dos lábios dele, a tonalidade esverdeada dos olhos, a barba no rosto dele, o cabelo bagunçado. São as seis tatuagens no corpo dele, e o um metro e noventa de palhaçada. É a força física de me tirar do chão, e a força psicológica de me de prender ao chão. É a habilidade, tática ou sei lá de saber as horas só de olhar pro chão e pro céu, são as mãos quadradas exageradamente grandes, os dentes afiados como de um vampiro. É a fome desumana que ele sente, os pêlos da barriga dele e os ossinhos do quadril. É a saudade do que ele já perdeu. É o instinto protetor que ele têm. É a confiança que ele me dá, a segurança que ele me passa. É o amor que só ele saber dar. É a voz mutável e rouca dele. É o alargador na orelha e os sonhos de carros. É o nosso Miguel e nossa Manuella. É a calça preta que ele não tira. São as coisas que só a gente entende. São as marcas que ele deixa no meu corpo. É o colo dele que eu adoro cochilar. É o marlboro que ele não vive sem. São as músicas que ele canta pra mim. É a adaga que ele quer tatuar no braço esquerdo, junto ao yin yang que já tem. É o arrepio que a voz dele me causa. É o vazio que me dá te-lo longe e o efeito mais forte que LSD que tem o beijo dele em mim. É o arrepio que ele sente na barriga e na virilha. E as cócegas debaixo dos braços. É cada pedaço disso que me faz amá-lo com todas as forças que eu posso ter!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Caro amigo,

eu já sei o porque de você ser sozinho. E de quando ter amigas ao se "apaixonar" elas se afastatarem. Talvez eu tenha te dado liberdade demais. Ou não.
Mas isso é só um aviso.. O que eu tenho para te dizer, ou melhor.. Fazer.. Não será agora, nem hoje, nem amanhã, nem segunda.. Será na hora certa. Só quero que saiba que eu dei toda a minha confiança a você e estava disposta a ficar do seu lado, como amiga, mas do seu lado até o fim. Você vacilou, e agora.. Só pensa no que ta lendo aqui. Você pisou na bola e eu havia prometido estar do seu lado sempre. Você vacilou e agora, na hora certa, vai saber o que eu estou sabendo. Se cuida. Eu quis ser sua amiga.. Eu quis

com muito rancor, sua ruiva.
Um dialogo um tanto quanto (in)útil.

- Eu tô com saudades, bebe.
Era difícil me concentrar, ou sentir algo, mas eu acho que também estou com saudades.. E foi o que disse.
- É, eu também.
- Eu tô carente de Barbara.
- Eu também.
- Tá carente de Barbara?
- Não. Bom, na realidade, sim.. Há muito eu estou carente de mim mesma... Há muito eu me perdi de mim mesma, há muito eu não sei quem eu sou, o que eu sou e porque existo. 
- Tá né! - e ele riu.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Is our secret safe tonight? And are we out of sight?


Ok. Ok. Ok. O que eu vou fazer agora? Eu preciso chorar, mas não sai lágrima alguma. Eu preciso gritar, mas não sai som nenhum. Eu preciso falar, mas ninguém quer ouvir sobre isso de novo. Ok. Ok. Ok. E agora? 
Eu não tenho saída. Não tenho pra onde correr, não tenho nenhum abraço que possa ser tão quente quanto o daquela noite e nenhum sorriso que possa ser tão lindo quanto o daquele dia. Não posso me fechar, e querer morrer porque tenho duas vidas ainda por quais viver. Não posso pedir para me matarem porque seria injusto e fraco. Bom, o que fazer agora? 
Quando o chão tá se abrindo de novo, e o coração se perdeu no meu próprio corpo?
O que fazer agora?
Que as coisas estão perdendo o sentido e o cinza do céu tá me dando desespero? 
Não posso me perder de novo, não seria justo. Não posso chorar de novo sobre isso, não seria certo.
O que fazer agora?
Quando não tenho mais vontade de ver ninguém, nem de ouvir ninguém, nem de abraçar ninguém.
Mas ninguém merece isso, e ninguém tem nada haver com isso. 
O que eu vou fazer agora? 

It could be wrong, could be wrong,
But it should've been right,
It could be wrong, could be wrong,
To let our hearts ignite,
It could be wrong, could be wrong,
Are we digging a hole?
It could be wrong, could be wrong,
This is out of control,
It could be wrong, could be wrong,
It could never last,
It could be wrong, could be wrong,
Must erase it fast.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010




Havia muita fumaça e um cheiro que queimava meu nariz. Um trago, nada. Dois tragos, nada. Três tragos... E a fumaça desceu queimando minha garganta, eu tossi, tossi e tossi e depois... O nada.
Foi como se minha alma houvesse saído do corpo, minha garganta e meu nariz queimaram até ser anestesiado e eu não conseguir sentir mais nada. Alguns minutos de anestesia e leveza, de repente, senti pulso. Uma pulsação intensa, uma dor de cabeça intensa e o mundo parecia estar girando mais rápido. Aquela famosa brisa. Vi as arvores girarem e vi o banco levitar. Senti forte vontade de dormir, mas me controlei. Vinte, quarenta, sessenta, oitenta, cem... Sei lá eu quantos batimentos por minutos ou segundos. Moleza, fraqueza e fome, muita fome.
Calma leveza e prazer. Tum. Mais um batimento vindo com força total. Pensei que fosse dormir e não acordar jamais. Pensei que tivesse ficado doente e jamais sairia daquela brisa. Desespero.
Um, dois, três, quatro... Mais um gole de goro. Fome. Queimação...Foi como se cada parte do meu corpo estivesse queimando. Um dois. Era a porra da maconha.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010




Eu nunca vou me esquecer do modo como a luz bate no seu rosto, te deixando ainda mais bonito, como seus cílios pestanejam nos olhos quando você está com sono, e como seus olhos clareiam quando você chora. Jamais vou me esquecer do formato da sua boca e de suas tatuagens, do cheiro que você tem e de como você fica arrepiado quando toco na sua barriga. Não vou esquecer da mutação que tem a sua voz nem do modo como me pega no colo. Não vou esquecer nunca o nome da sua mãe e das músicas que você não pode ouvir. Não vou esquecer também de não tocar em certos assuntos, porque eu não gosto de te ver chorar. Eu nunca vou me esquecer do primeiro dia em que te vi, nem do primeiro abraço, nem primeiro do beijo. Também não vou esquecer de cuidar de você, nem de dizer todos os dias que eu te amo. Não vou esquecer da promessa de nunca te deixar sozinho nem de te abraçar.

Eu não vou esquecer de nada disso, nem nada daquilo, eu não vou esquecer... Independente do que possa acontecer, eu vou te guardar.



Danilo (L) Barbara.