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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

É verdade, eu o amava. Não com esse amor de carne, de querer tocá-lo e possuí-lo e saber coisas de dentro dele. Era um amor diferente, quase assim feito uma segurança de sabê-lo sempre ali.
Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Há quatro perguntas de valor na vida: ”O que é sagrado?”, ”Do que é feito o espírito?”, ”O que é importante na vida?” e ”Porque vale a pena morrer?”. A resposta para cada uma é a mesma: Apenas amor.
Johnny Depp (lê-se: ídolo número 1)
 " Sentir saudades e difícil, ainda mais sabendo de que você está longe de mim. Eu imagino se realmente tivesse viajado aquela época... Acho que teria morrido. Eu sei que sentir saudades é difícil demais, mais te peço, não desista de mim, por favor, eu não consigo me imaginar sem você, não consigo me imaginar longe de você. Não longe de seus beijos, não longe da sua vida e de seu carinho, eu sinto meu corpo morrendo aos poucos, meus pés doem, minhas mãos cansadas já não seguram mais meu rosto, mas te peço, não desista de mim pelo amor de Deus, eu te amo mais que tudo, e não viveria sem você."

Danilo Baciga (lê-se: meu amor maior)




Lhe digo em resposta, amor, uma opinião minha que, muitas vezes, salvou minha vida....
Eu sempre achei o suicídio uma coisa estúpida (sem ofensas), sempre preferi enfrentar os problemas, as dificuldades, a dor e até o nada... Sempre achei mais sensato o homícidio ao suicídio.. Então, me sentiria completamente estúpida se desistisse de ti, porque desistir de ti, é desistir da minha própria vida. É suicídio. E você sabe bem que eu sou uma garota teimosa e que para mudar minha opinião é necessário de muito jogo de cintura, aí, eu lhe afirmo: se eu tiver que matar pra poder ver você sorrir mais uma vez, eu o farei. Homicídio. Mas nunca.. Nunca desistirei de ti. Porque a vida é tão linda e eu quero tanto poder vive-la com você que seria estúpido de verdade cometer suicídio, ainda mais um tão doloroso quanto este. 
Então escute quando digo-lhe que nunca estará sozinho, acredite quando o eu te amo vem de forma inesperada. Não se preocupe com o fato de tua vida estar em minhas mãos, porque, amor.. Eu jamais desistirei de lutar pelo teu sorriso. De conquistar o teu amor. De te amar. Re-amar. E amar de novo, pela eternidade de nossos dias. Pela eternidade de nosso amor. Jamais. Porque, eu repito: desistir de ti, é desistir de mim, é desistir da vida... Da minha vida.
 


 


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

02h39min.
Amor,

Explica-me... Como eu posso tentar te acalmar se eu mesma estou em pânico? Se eu mesma me sinto sem chão. Sem ar. Sem paz? Como isso?
Como vou dizer-lhe que ta tudo bem se não está? Se parece que tem uma faca no meu peito querendo me aniquilar?
É tão ruim ficar longe de você. Parece um pesadelo, amor. Eu não consigo acreditar que isso esteja acontecendo. Parece que eu to sonhando, e que, quando eu acordar vai ficar tudo bem... É um sonho, amor? Tem que ser. Tem que ser. Porque é ruim demais isso... Dói demais isso.
Todo lugar que eu olho eu lembro de um sorriso teu e aí, meus olhos se enchem de lágrimas e eu peço a Deus para que você me ligue pra me acalmar. Toda música que eu escuto tem algo em que diz que vai ficar tudo bem, mas é tão difícil acreditar nisso sem o seu sorriso comigo.
E eu sei bem, que você também ta desse jeito, que você também ta sofrendo e eu tenho lhe dizer que vai ficar tudo bem, que tudo vai voltar como dois dias atrás, mas, eu mesma, temo que isso não aconteça. Eu tento lhe dizer pra não perder o controle e agüentar, mas eu mesma não sei se tenho autocontrole suficiente pra isso, eu mesma não sei se vou agüentar.
E eu ouço sua voz, e tudo se aquieta. A paz volta por poucos minutos.
É estranho isso, tava tudo indo tão bem... Tudo indo tão perfeitamente bem. E de repente, me tiram o chão. Eu posso ver, quando eu olho no espelho, cada linha do meu rosto mostra a exaustão, as olheiras debaixo dos olhos mostram uma noite sem dormir e um dia inteiro chorando.
“Mas você sabe que acidentes podem acontecer e tudo ficar bem, nós às vezes tropeçamos e isso não é por toda sua vida, é somente por um dia”.
Eu tenho medo, amor. Eu tenho muito medo. Medo de que isso não passe, medo de que não seja só um dia. Eu morro de medo de ficar longe de você. Não poder cuidar de ti. Não poder sentir o gosto doce dos teus lábios. Não poder sentir o calor do seu corpo. Eu morro de medo de ficar sem fazer cócegas em você. Sem ouvir sua respiração. Sem perguntar se ta tudo bem cada vez que você viaja um pouquinho. Eu tenho medo de ficar sem as simples coisas do nosso dia-a-dia... Sem os seus abraços apertados que me faziam sorrir sem perceber. Eu não posso, amor. Ficar sem o seu cheiro. Sem o seu sorriso. Sem seu corpo colado no meu.
Sabe, amor, são coisas simples que me fazem chorar quando penso em ficar sem...
Não sei quanto tempo agüento ficar sem ver você fechar os olhinhos cada vez que fala eu te amo seguindo de infinitos muitos. Sem você acender dois cigarros de uma vez e me dar um. Sem você segurar minha mão pra descer do ônibus ou falar pra mim que não vai me deixar cair dentro do metro. Não sei, amor, se eu agüento muito tempo sem te deixar com dores insanas e sem ir dar um abraço em Deus e voltar em frações de segundos. Dói tanto essa saudade, esse medo. Eu durmo e acordo com um buraco imenso no peito. Durmo chorando e acordo chorando. É desesperador ficar longe de você.
Nem minhas palavras mais estão saindo certas. Ta tudo confuso e eu me sinto perdida, amor. Amor. Amor. Tem o poder de nos aproximar do céu com simples gestos e o poder de nos levar ao inferno com uma simples frase. Amor.
Mas, eu vou ficar bem, você vai ficar bem, vai ficar tudo bem, não vai?
Eu te amo, amor. Eu te amo muito e ninguém muda isso.
Hoje estou feliz porque sonhei com você e amanhã posso chorar por não poder te ver, mas o seu sorriso vale mais que um diamante e se você vier comigo ai nós vamos adiante. Com a cabeça erguida e mantendo a fé me Deus, o seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu! 
 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mamãe,

Eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, e sei também que não sou santa, mas, porque, mamãe? Porque ta querendo me machucar tanto?
Porque ta dizendo essas coisas que sabes muito bem que doem como uma facada? Porque ta me xingando tanto e dizendo que não me queria, se soubesse que seria assim...
Mamãe, eu mudei tanto... Você mesma disse, eu tento mudar, eu tento tolerar, eu juro que eu tento... Mas porque mamãe? Porque você ta fazendo isso?
Eu sinto tanto orgulho de você, sabia mamãe? Eu sinto tanto amor dentro do meu coração. E aí, você me machuca desse jeito. Poxa, mamãe, você viu o quanto eu brigo meu pai... Porque ele te faz mal, você viu o quanto eu faço de tudo pra que você mude sua cabeça e fique sempre bem. Você sabe, de tudo o que eu passei, sabe o quanto eu sofri por um erro e aí, quando finalmente eu to no acerto você tenta tirar de mim... Porque isso mamãe?
Me diz, o que eu fiz de tão errado assim, mãe? O que eu fiz pra você querer tirar minha vida de mim? Sabia que isso é pior que matar uma pessoa, mãe? Sabia que tirar quem a gente ama de nós é pior do que tirar a nossa vida? Se a gente morre, sofre na hora e depois vai pro paraíso. Mas se não, se tiram-nos o que amamos, a gente sofre, a gente sofre muito, mãe. Você sabe disso... Sabe o meu avô? Sabe quando ele morreu? Doeu muito em mim e sei que doeu em você... Porque? Porque ele era sua base, seu chão, sua vida. Então você entende... Você sabe bem como dói quando tiram-nos o que a gente ama... Sabe bem o quanto machuca ficar sem quem a gente ama. Então porque, mamãe? Porque ta querendo tirar quem eu amo de mim?
Eu não fiz nada de errado, mãe... Sabia que ele é o amor da minha vida, mãe? Caramba sabia que eu não consigo viver sem ele? Mãe! Porque? Você não tem direito de fazer isso, você não tem direito de tirar a melhor parte de mim... Você pode me bater, me espancar, me quebrar, me socar, me expulsar de casa, mas não... Você não pode tirar ele de mim! Isso não; isso. Não.
Qual é o motivo de tudo isso? Meu pai... Ele te culpa do que a gente faz, do que a gente fala? Desculpa, mãe... Mas se ele é errado, eu não tenho culpa, se ele não nos soube educar, eu não tenho culpa. Eu te amo tanto, mãe. Que droga! Tanto.
Eu não desapareci daqui ainda você sabe que é por sua causa, eu não larguei e tudo e fui à procura de liberdade, por sua causa. Eu sofri um ano inteiro, por sua causa. Então, olha, saiba que não é só você que perde as coisas, que chora a noite, que sente que tudo ta errado pelos outros, ta bom? Fica ciente disso. Porque se for pra um tacar a culpa no outro então eu digo: eu perdi um ano inteiro da minha vida por sua causa, eu fiquei louca por sua causa, eu deixei de salvar quem eu precisava salvar pra salvar a sua vida. Então para. Para com isso!
E entende uma coisa... Ninguém – não de novo, não dessa vez, não sem motivo – vai tirar quem eu mais amo de mim. Não. De novo.


Eu amo você, apesar disso tudo. E eu amarei, até que vire ódio.

De quem já deu a vida por você.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Achei fofo.








Mesmo no desespero de uma guerra, o carinho e amor pelo inocente ainda prevalece. 

Fofissímo!

00h15 min. Nove de dezembro de dois mil e dez.

Cinco meses. Exatos cinco meses. E o que eu posso lhe dizer? Entre o obrigada e eu te amo está tudo o que você me causa, todas as sensações que sinto ao lado teu. Como a indescritível alegria que me dá ver seu sorriso, ouvir seu riso. Ou a imensurável felicidade que é para mim, ouvir alegria na sua voz e saber que fui eu quem trouxe isto. Ou os prazeres que você me dá... Desde o chocolate que sempre me compra quando tenho vontade até os momentos insanos. Também a paz e o alivio a cada abraço que recebo. E a ansiedade de dar nó na garganta e dor de barriga cada vez que sei que vou te ver – mesmo depois de cinco meses, sempre como se ainda fosse nove de Julho, duas e meia da tarde, na estação barra funda.
Você sabe que a gente se completa, você sabe de tudo o que já passei e eu sei de tudo o que você já passou... E na carência e na falta de algo estamos ai, juntos, superando tudo. Apoiando um ao outro. Nos amando intensamente e incontrolavelmente. É tudo isso que torna magnífico o meu amor, o seu amor, o nosso amor. Esse misto de sensações e desejos. Esse companheirismo. Essa alegria por te ter ao meu lado. Essa confiança que temos um no outro. Todo esse amor que cresce a cada segundo mais – e digo isso com certeza, porque a cada palavra que escrevo sinto meus olhos se encherem de lágrimas e minha garganta pedir por um grito de eu te amo.
Tão intenso e tão lindo é esse amor... Um sentimento que eu jamais imaginei receber ou dar. Sempre tão fria e tão seca agora estou aqui, em frente a um computador, escrevendo palavras doces, com os olhos cheios de lágrimas e amando alguém que me ama também. Aqui as 00h32 com uma felicidade desumana por ter tido algumas horas ao seu lado e por saber que hoje é mais um mês de muitos, de muitos – muitos MESMO – que vamos passar juntos.
Eu perco o sono por sua causa desde o primeiro dia, você sabe disso... Eu fico sorrindo sozinha, lembrando de cada palavra tua, de cada sorriso teu.
Eu te amo tanto, meu amor. Tanto. Que eu não consigo dizer o quanto. É imensurável. É grande demais. Eu nunca, nunca imaginei que me sentiria assim. É tanta felicidade num só coração, amor.
Meu príncipe, minha vida, meu sorriso... Você é tudo o que eu mais queria. Sinto-me completa ao seu lado. Sinto-me em paz.
Você não sabe o quanto é bom para mim... Bom não, maravilhoso, incrível, mágico, ter você ao meu lado, compartilhar minhas alegrias e tristezas com você, poder cuidar de você, saber que você confia em mim e poder confiar em você também. Quando digo que quero me casar com você, que quero lhe dar um filho – dois, três, quatro – é por tudo isso... Porque eu sei o quanto precisa que alguém te cuide e eu não vejo a hora de poder fazer isso por todos os dias das nossas vidas, de ver você saindo pro trabalho, sentir saudade pelas horas em que estiver lá e depois, quando você chegar cansado, poder olhar pra ti e dizer que a comida ta na mesa, sentar pra jantar, saber como foi seu dia, colocar tua cabeça no meu colo e fazer carinho até você dormir, poder te ver dormir, cuidar de você todas as horas do dia, poder te beijar a hora que eu quiser, te abraçar a hora que eu quiser. E Eu quero sim realizar o seu sonho de ser pai. Te dar um Miguel, ou uma Manuella, ou os dois. Eu perco o sono com isso também. Eu gosto de imaginar nossas vidas daqui a seis, sete, dez anos. Gosto de olhar vestidos de noiva, arranjos de festa e de imaginar nosso casamento... Tenho diversas anotações de planejamento de uma casa boa para nós, os quatro cachorros, o gato e as duas crianças – é, isso mesmo rs -, eu gosto de imaginar o nosso futuro, de planejá-lo, na verdade, porque eu sei que temos sim um futuro imenso pela frente. E pra quem queria morrer aos trinta, agora eu já quero viver mais, muito mais, pra poder ficar do seu lado. Você me fez querer viver!
Obrigada por todo o seu amor, meu anjo. Obrigada por sempre estar ao meu lado. Obrigada por me fazer ser o melhor que eu posso ser, por você. Só por você. Como sempre, amor, tudo o que eu faço, cada passo que eu dou... Sempre há um propósito, sempre há uma única razão... Você e esse sorriso que eu tanto amo.
E assim eu continuo entre o obrigada e eu te amo, porque é isso tudo o que eu consigo lhe dizer, sem gaguejar, ou fazer com que perca o nexo, porque as outras palavras saem sem sentido, saem pontuadas onde não era para estar...

Eu te amo mais do que pensei que meu coração pudesse suportar.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Diário de um cão.



1ª semana: Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1 mês: Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!

2 meses: Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova “família humana ” cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses: Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como “irmãozinhos”. Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.

5 meses: Hoje me deram uma bronca. Minha dona se incomodou porque fiz “pipi” dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para agüentar. 

8 meses: Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido… Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, às vezes, me excedo, cavando na terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço!

12 meses: Hoje completo um ano. Sou um cão adulto. Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim!

13 meses: Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou um ingrato. Não compreendo nada do que está acontecendo.

15 meses: Já nada é igual… Moro na varanda. Sinto-me muito só. Minha família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho teto que me abrigue…

16 meses: Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia! Nos direcionamos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel. Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo. Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. “Ouçam, Esperem!” lati… se esqueceram de mim… Corri atrás do carro com todas as minhas forcas. Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam. Haviam me esquecido.

17 meses: Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minha alma. Eu gostaria que me adotassem: seria leal como ninguém! Mas somente dizem: “pobre cãozinho, deve ter se perdido.” 

18 meses: Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus “irmãozinhos”. Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras “para ver quem tinha melhor pontaria”. Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.

19 meses: Parece mentira quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 meses: Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado “calçada”, mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me. Quisera que tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor é terrível! Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na beira do caminho…

Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer. Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo esta caindo…Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: “não chegue perto”. Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. “Pobre cãozinho, olha como te deixaram”, dizia… junto com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: “Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio”. É melhor que pare de sofrer”.

A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria.

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Emocionante, sim. Eu mesma, tão dura e tão "sem coração" chorei.. Eu me emociono fácil com o que diz respeito a algo que amo. E eu amo os animais, todos eles. São os seres mais puros e sinceros que podemos encontrar. Revoltante, também... Vejo nas ruas, cães, gatos, cavalos e todos os tipos de animais jogados, largados... Enquanto é filhote é tudo muito lindo, mas quano cresce vão lá e jogam! Porque as pessoas se sensibilizam tanto com crianças jogadas e passam reto quando são animais? Há sentimentos, assim como em uma criança! 


Diga não ao maltrato contra animais.
Diga não ao abandono de animais.
Diga não ao tráfico de animais.


Não compre animais, adote-os!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


" Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. (....) " 

Caio F. Abreu. 


Então não pare de remar, meu amor. Eu sei que cansa, e que às vezes da vontade de desistir, mas não para não. Assim eu continuo remando, e nós continuamos remando juntos... Até um lugar seguro para ficar.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Caro amigo,

está é uma carta de uma provável despedida - ou não, você sabe, mudo de humor como um camaleão muda de cores, meus pensamentos oscilam do bem para o mal em segundos, mas nesse exato momento é uma despedida, desculpe.
Controlei os meus instintos por muito tempo, as minhas vontades e os meus desejos, a cinco meses atrás eu resolvi sabotar meu ego, sabotei meus principios e os principios que eram imposto a mim; Eu me entreguei aos meus desejos, aos meus instintos e as minhas vontades, me entreguei ao mundo que eu procurei, que eu desejei. Encerrei todos os meus sacrificios para manter-me longe do que atiçava meus desejos, minhas vontades, entreguei-me por inteiro. Dexei-me consumir pelo meu desejo, minha vontade, nomei-o meu vicio, sim, meu vicio; entreguei-me a meu vicio, entreguei minha alma a meu vicio, entreguei meu ser a meu vicio, entreguei-me por completo ao meu único vicio. Sem medo das consequencias que esse vicio causaria, entreguei-me. Sem temer as confusões que esse vicio causaria, entreguei-me. Vivendo intensamente meus desejos, meus instintos, entreguei-me. Porque este belo vicio fazia-me viver.
Então caro amigo, sem temer eu fui, entreguei-me a esse vicio, esse doce e proibido vicio. Entreguei-me por completo. Segui por cinco meses, tropecei, caí, levantei, e a cada dia esse vicio crescia, a cada dia. Até que então, eu senti.
Senti exatamente o momento em que a minha vida se passou-se para a dele.
Senti exatamente nossas vidas se ligando de uma forma incrivel.
Eramos um, eu respirava para ele respirar, ele respirava para eu respirar. Viviamos uma só vida, uma só vida proibida.
Até que algo despertou nosso belo sonho, até que algo despertou nossa bela vida. Acabaram com tudo, caro amigo, isso mesmo, tudo foi pro água a baixo e eu perdi meu chão, perdi o meu ar.
Acalme-se meu caro, isso ja faz três meses mas a falta ainda me ataca. Dói. Estou de pé, tenho um realcionamento que me completa, mesmo ele sendo pra sempre ele. Por isso não tenho certeza se está é uma despedida, talvez seja um aviso. Isso, um aviso. Estou perfeitamente bem nesse exato momento, mas tenho reacaidas e, talvez, em uma dessas recaidas então se torne uma despedida. Caso isso ocorra, caro amigo me perdoe, por favor, me perdoe. Não sei até quando serei forte o suficiente.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chegou a hora e eu não vou correr
Não tenho medo pra te entregar
Minha amnésia apagou você
E Agora é minha vez de te falar
Eu não vou acreditar no
que você me diz (eu não vou!)
No que inventa para ser feliz (eu não vou!)
Nesse seu mundo que vai te
matar (eu não vou!)
Eu cansei, (cansei)
Eu não consigo esperar você (você)
Eu paguei caro para te esquecer (esquecer)
De todos planos eu já desisti (WHOOAAHH!)
Deixei pra trás tudo que consegui
Na minha vida não vai mais entrar (entrar)
Na sua vida não vou mais passar (passar)
E se você tentar me esquecer (WHOOAAHH!)
Vai pagar caro por me conhecer
Não venha dizer (NÃO!) o que eu
fui pra você (NÃO!)
Pois eu não vou mudar (NÃO!) meu jeito de pensar (NÃO!)
Não venha querer (NÃO!)
tentar me convencer (NÃO!)
Pois não tenho mais tempo de te aguentar!
Eu cansei, (cansei)
eu não consigo esperar você (você)
Eu paguei caro para te esquecer (esquecer)
De todos planos eu já desisti (WHOOAAHH!)
Deixei pra trás tudo que consegui
Na minha vida não vai mais entrar (entrar)
Na sua vida não vou mais passar (passar)
E se você tentar me esquecer (WHOOAAHH!)
Vai pagar caro por me conhecer (2x

sábado, 20 de novembro de 2010

Amor, 


depois do primeiro sábado que passamos juntos, acho que esse é o primeiro que passamos separados, não é? Antes eram os domingos, porque meu pai não sabia e eu já havia inventado qualquer história maluco para ir te ver no sábado, aí não dava pra sair no domingo... Mas depois que te apresentei à ele - com o maior orgulho do mundo - o fim de semana simplesmente era nosso. Sextas, sabados e domingos e ainda assim, na segunda, já sentia uma falta desumana de você durante o dia. Eu sei, eu sei, quem lê isso aqui vai achar que estamos separados, ou que você esta viajando, ou algo assim e vai até me chamar de fresca e idiota. Mas você sabe que não é isso, sabe que eu nunca tive paz na minha vida e com você eu tenho tanta... E é tão bom, é tão perfeito ficar ao seu lado. É como se o sol sempre estivesse lá, e o céu sempre fosse azul, é como se nada pudesse me fazer cair... O mundo, o dia, as horas, os minutos, tudo sempre é colorido demais com você ao lado meu. E aí, um sabado sem você. Nem pensei que fosse ficar tão desesperada assim, juro. Passei a vida toda sozinha... Achei que fosse passar normalmente... Mas não.. Estou aqui, desde as nove e meia da manhã, sentada numa cadeira com a bunda doendo, em frente a um notebook, ouvindo coisas sem sentido, escrevendo coisas sem sentido, imaginando se você esta pensando em mim, se você esta bem, se não esta se estressando, se esta muito cansado. Estou aqui contando os milésimos para que o domingo chege logo e eu possa te beijar, olhar nos seus olhos e ver que realmente tá tudo bem. 
Eu já fumei dois maços de cigarro. Eu já falei centenas de palavrões. E eu já chorei sete vezes. E eu estou assustada, sabe... Bastante assustada... Porque isso é muito amor, querido. E eu to chorando agora mesmo... Mas não é porque tô com saudade, por que isso é mais nostalgia do que saudade - saber que eu tenho voce, que voce me ama e sentir falta - é só que... Eu tenho medo. Eu amo tanto você, que assusta. Eu tenho medo de algo acontecer e eu ficar sabados infinitos e domingos também nesse desespero, nessa angustia e abstinencia de você. E agora são seis e meia e fazem exatamente vinte horas que eu não te vejo. E sim, eu estou desesperada. Com vontade de quebrar algo, de arrancar a jugular de alguém ou de simplesmente ir correndo praí e te pegar nos meus braços, te beijar e dizer o quanto eu amo você. De olhar nos seus olhos e ler cada linha do seu rosto pra saber se realmente tá tudo bem. 
Estou desesperada, preocupada e com um frio que não é normal - que é simplesmente falta dos teus abraços ao meu redor. E eu nem acredito que esteja desse jeito, porque a gente já ficou um dia sem se ver... Mas é que sabado, poxa... Em pleno sabado. Você é meu no sabado, e em todos os outros dias da sua vida ,eu sei, mas sabado é sabado, caramba! Tá um misto de tanto sentimento... Sabe?  Fora a sensibilidade que eu já to há alguns dias.. A nostalgia, a saudade, e uma preocupação louca... Não gosto que fique sem dormir e sei que deve estar estressado, e eu não gosto disso também. Já perguntei se você comeu hoje... Mas me preocupo se já comeu de novo. Mas, fica tranquilo, tá bom? Hoje mais do que nunca eu sei que não posso mais viver sem você - e eu não quero, jamais. Então, eu vou continuar aqui, contando cada pedaço do tempo que passa para que o domingo chegue logo e eu possa te abraçar e te beijar e dizer que você é tudo o que eu mais amo agora. 


ps¹: lembra quando você ia pra Rio Preto, imagina agora.. Se você tivesse ido? Eu não ia sobreviver.
ps²: eu te amo, meu amor. 



Da sua pequena.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

" Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixa assim ficar subentendido! " 

São tantas brigas, esculachos, discussões, mal entendidos. A gente não se dá, nossa cabeça não se tromba.. Suas ideias não são as mesmas que as minhas, nossos principios completamente diferentes. Sua frieza não tem como se dar com a minha, sua indiferença não tem como se moldar com a minha. Iguais? Pode ser, por isso, talvez, seja uma convivência tão dificil.
Me xinga, diz que não valho nada... Mas me ama, eu sei que ama.
Te xingo, esculacho, brigo, mas eu te amo, e sei que você sabe disso.
Não peço perdão, porque não me arrependo de uma só palavra... Mas você tem que ter consciência que independente do que eu diga, do que você faça, do que eu não aceite, do que você seja... Você é a melhor pessoa do mundo, é meu herói, meu super pai.
Comecei isso um mês antes do dia de hoje... Para poder dizer exatamente o que penso e passar exatamente o que quero passar.
Ah, pai, você está ficando velho.. Quarenta anos nas costas! E nem parece... Tão disposto, tão estressado, tão engraçado, tão Joseli.
Eu tenho muita dificuldade em conversar contigo, mas eu tenho vontade... Eu tenho muita dificuldade em expressar meu sentimentos por ti, mas hoje tô tentando.
Eu te admiro, acho super o fato de você nunca ficar parado, evoluir sempre, pensar no futuro e ser tão calmo, eu acho isso o máximo. Pena que não sou assim; 
Uma coisa: quanto mais eu xingo, mais eu amo, quanto mais eu esculacho, mais é amor. Eu juro! Eu sou assim.
Eu sei que você quer o meu melhor, por isso me diz tanta coisa... Pode dizer, mas eu não vou aceitar, e já aprendi que não adianta discutir, só queres o meu melhor.
É estranho para mim falar coisas assim pra ti, jogar meu coração na mesa e te entregar uma faca para vasculhar e ver teu nome gravado em grande parte dele.
Sabia que eu tenho vontade de te abraçar de vez em quando, e dizer que te amo?
Sabia que eu fico feliz quando você chega do trabalho, mesmo que eu saiba que passados alguns minutos já virá me encher o saco?
É tudo uma mascára, eu gosto de você.
Sabia que quando você viajou pra Roraima, no primeiro dia eu chorei? Ninguém viu isso, ninguém sabe disso, nem minha mãe.
E quando você foi embora de casa, eu tive febre porque segurei o choro até não poder mais.
Eu não aceito suas atitudes, o modo como você age com minha mãe, mas não posso fazer nada... Eu, bom, preciso de você.

" Pode até parecer fraqueza, mas que seja fraqueza então...
 A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer (...) "

É incondicional, assim como o seu sentimento por mim. É gigante, grande, forte. É tudo pra mim. Um super herói, de verdade.
Eu sei tudo o que já passou na sua vida, eu sei tudo o que já aconteceu e te admiro por ser tão forte, por ter sempre aguentado todas as barreiras.
Lembra de quando eu era criança e não te largava por nada?
Lembra das cartinhas em dia dos pais?
Eu lembro disso tudo. Eu amo você, apesar de tudo.

"Ei pai olhe para mim
Pense no passado e me diga
Eu cresci de acordo com os seus planos?
E você pensa que eu estou desperdiçando o meu tempo fazendo coisas que eu gosto de fazer?
Mas machuca quando você desaprova tudo
E agora tento ficar bem
Eu apenas queria fazer você se sentir orgulhoso
Eu nunca serei boa o suficiente pra você
Eu não consigo fingir que
Eu estou bem
E você não pode me mudar"

Só não posso ser perfeita. Isso não!
Mas até ai, nada pode mudar as coisas que você disse.. Mas não vire as costas, eu estou aprendendo que não pode ser tão dificil apenas falar com você.
Nunca é tarde demais, um dia você ainda se sentirá orgulhoso de mim. Amar é admirar, eu admiro... É capaz de me admirar?
E eu amo, eu amo você... Com todas as forças que tenho dentro de mim.
Feliz aniversário, papai.





Sua Barbara. Sua menina.







# era pra eu ter entregado essa carta pro meu pai no dia do aniversário dele, mas haviam acontecido coisas que me fizeram ser obrigada a mostrar força. Mas eu o amo, de todos os jeitos possiveis. 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dezesseis de Novembro de dois mil e dez. 1h03 min.



Desesperador. Acho que é isso que descreve o sentimento que se acumula no meu peito quando vejo teus olhos vazios. Quando o seu sorriso não é aquele de quatro meses atrás. E não é nada que me magoe por você, nada que você tenha falado que me fez notar isso, ou você estar diferente comigo... Também não é um “você esta estranho” porque eu sei exatamente o que é. E não, você não fez nada de errado. Nem falou nada que me magoasse; é só que eu conheço exatamente o brilho dos seus olhos e vejo muito bem quando o brilho se apaga e fica só o vazio; é só que eu conheço todos os tons da sua voz e é como uma facada no meu peito quando muda; é só que eu conheço exatamente o seu sorriso e sei quando ele é espontâneo ou quando é só para não preocupar a namorada super-hiper-ultra-mega-max-turbo protetora que você tem; é só que eu sinto o seu pulsar mais forte e conheço o seu suspiro de desespero e dor e o seu suspiro de qualquer outra coisa; é só que eu sei quando recosta tua cabeça no meu peito esperando carinho por saudade, por cansaço, por carência, e quando recosta tua cabeça no meu peito por desespero, por vontade de chorar e não conseguir; é só que eu conheço muito bem o seu abraço, todos eles: o de me dar um beijo e me faz ficar zonza, o de despedida, o de saudade na hora que chega, o de carência permanente que você tem – e que eu acho a coisa mais fofa do mundo! - e o de uma simples necessidade de alguém que te cuide – que é o que tem aparecido nessas duas ultimas semanas.
O buraco que cresce dentro de mim, a cada suspiro mais forte, a cada pulsar mais forte, a cada mudança no tom da sua voz, a cada abraço assustado que você dá parece querer quebrar meus ossos numa pancada só... Tem tanta força que amolece meu corpo inteiro, mas me ponho forte, porque, nesse momento, quem precisa de apoio é você. E eu estou aqui. Como sempre. Como sempre vou estar. Estou aqui, bem ao seu lado, a todo o momento. Para te cuidar quando ninguém mais cuida. Para te abraçar quando ninguém sabe que talvez seja só isso que você precise. Para te ouvir quando ninguém foi capaz de fazer isso. Para lhe arrancar tudo de mal, tudo o que te faz mal.
E não... Não se preocupe comigo, não se preocupe com a minha preocupação com você... Isso é amar, isso é amor. Cuidar, ouvir, estar ao lado nas horas boas e nas horas ruins. Dar carinho. Dar amor. Dar atenção. Arrancar-lhe sorrisos quando menos espera. Fazer-lhe esquecer do que te dói do jeito mais inusitado possível – do jeito que te leva aos céus e você sabe bem do que estou falando. Conseguir fazer com que você coloque pra fora tudo o que te dói. Isso tudo faz parte do meu amar, do meu amor. Toda essa preocupação que ta me fazendo querer sair correndo daqui agora as uma e três da manhã para olhar nos seus olhos e ver se ta tudo bem realmente, para te tirar dessa casa que eu sei que lhe faz mal, tudo isso, é amar. Toda essa proteção, todo esse cuidado. Sim, eu lhe trato como um bebê, porque, perto de mim, é como se você fosse... E eu acho lindo isso, seus olhos brilham como o de uma criança com doce, ou um adolescente com a primeira garrafa de bebida, numa empolgação, numa felicidade. E é isso tudo que me faz querer te cuidar, cada dia mais, cada minuto mais. Porque você toma tanto cuidado com os outros. Comigo. Que esquece de você, e aí, então, resta a mim, cuidar de você. E me perdoa por ser tão cuidadosa assim é que dá um medo de algo te machucar. Há coisas que te machucam que infelizmente eu não posso mudar. Então, deixa só essas saudades que você tem aí te fazerem chorar. Não quero mais nada. Mais nada, para arrancar o sorriso do rosto do meu príncipe, não quero mais nada para tirar o brilho dos olhos do meu bebê. É aí então, que eu te cuido. Como uma mãe cuida do seu filho, como um lunático cuida de suas coleções. Como o músico cuida de suas letras e instrumentos. Como o artista cuida de seus fãs. De todas as maneiras possíveis, para manter por perto, para não perder. Cuido de ti, como uma lunática mesmo, uma louca desvairada, com a certeza de que eu mato e eu morro, só para ter o sorriso que me faz tremer. Só por esse sorriso, para o resto da minha vida. Eu te cuido. Eu olho por ti. E eu rezo – coisa que nunca fiz – para que Deus tome conta do meu garoto. Pois então fique tranquilo. E agradeço em minhas preces, a tua mãe, por ter lhe criado tão maravilhosamente... Por ter te permitido me encontrar. Eu a agradeço todas as noites.  E prometo a ela também – assim como prometo a você - que eu cuidarei do seu menino... Pelo tempo que eu respirar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meu Deus do céu! Como eu amo você. C-O-M-O E-U A-M-O V-O-C-Ê! 
Não é normal isso. Caramba. É muuuuuuuuuito amor. Eu disse muito? É, muito, assim, muito amor. Incondicional. Irrevogável. Imensurável. Inimaginavél! 
E eu não encontro mais palavras para dizer-lhe. Busco músicas, poemas, frases, textos, mas não há nada que se compare com o que eu sinto. 
Você sabe... Ficar tonta com seu beijo, ter dor de barriga de tanta ansiedade pra te ver, sorrir incontrolavelmente, chorar de tanta felicidade, chorar de saudade segundos depois que você vai embora... Essas coisas, sabe? 
Meu Deus do céu! Como eu amo você! Eu não consigo acreditar, imaginar, ou sei lá o que! 
Nossa, bebê, como eu amo você! 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Quatro meses. Cento e vinte dias. Duas mil oitocentas e oitenta horas. O que dizer sobre isso? 
Penso que, completamos um ao outro. Ambos carentes de atenção, ambos carentes de cuidados... E agora? Agora somos um só. Com carinhos, atenção, cuidados e amor. Muito amor! 
Devo agradecer também, você sabe, pela sua paciência, pelo seu jeitinho de sempre me fazer sorrir, pelos seus cuidados, pela sua preocupação e por você ter conseguido quebrar o gelo de um coração há muito congelado, por ter sido tão quente que derreteu-me, me fez voltar a ver a luz do sol e o brilho das estrelas. Me fez voltar a sorrir e me fez chorar de tanta emoção. Obrigada, por estar sempre ali quando eu preciso. Por me pedir e dar abraços. Por me tirar do mundo, me fazer esquecer de todos e quaisquer problemas ao lado teu. Obrigada. Por ter orgulho de me chamar de namorada... Por me dizer que estou bonita quando me arrumo exatamente pra você. Por notar as minhas mudanças de humor e ter paciência com elas. Por aguentar a minha TPM. Por saber exatamente o modo como tem que me abraçar para me fazer sorrir. Como tem que me beijar pra me fazer perder o controle. E quando tem que dizer que me ama, para eu me acalmar. Obrigada, por conhecer cada detalhe do meu rosto e do meu corpo, cada detalhe da minha personalidade. Por me dar tanta confiança, a ponto de eu desejar instantaneamente entregar meu corpo à ti. Obrigada, por ser quem você é. Obrigada, por ter entrado na minha vida, e não ter desistido, após ver minhas fraquezas, após ver meus medos bestas, após me conhecer. Obrigada por me amar pelo o que eu sou, por aceitar minhas paranóias, por não me obrigar a parar de beber - mesmo que eu já tenha diminuido notavelmente, por você -. Obrigada por ter esse brilho nos olhos cada vez que está perto de mim, que me faz ter vontade de chorar e sair gritando na rua que eu te amo. Obrigada por ter paciência com a estupidez do meu pai. Por aturar a minha irmã. Por conversar com a minha mãe. Obrigada por aceitar os meus amigos. Obrigada por me fazer capaz de amar, obrigada por me fazer amar você com todas as forças que eu posso ter!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tudo se iniciara com uma ansiedade tremenda. Minhas pernas não paravam de balançar, era um cigarro atrás do outro e cervejas e mais cervejas. Muitas cervejas. Poder olhar no fundo dos olhos de um dos meus ídolos era tudo o que eu mais queria, mas não imaginei que seria assim tão fácil, quando, por volta das seis e dez da tarde, quando estava na fila para entrar no show... Ele chegou! Todas as pessoas da fila, na empolgação de entrar, nem ao menos o viram chegar, uma ou outra garota, mas nada de alvoroço, não resisti, e desci... Com as mãos tremulas e completamente feliz pedi um foto, ele concordou; com um sorriso lindo no rosto, os olhos exageradamente maquiados de preto destacando seu tom esverdeado, o piercing em seu lábio inferior brilhando e todas as tatuagens do seu corpo se destacando, ele me abraçou, quando pulei em seu pescoço e não queria largar por nada. Tão belo tão doce, tão foda! Carlos Eduardo Pelegrini Zavagli.
Quando já ia entrar para se arrumar, ainda teve a delicadeza de fazer carinho em meu cabelo e beijá-lo. Incrível! 
Abraçá-lo, respirá-lo, era tudo o que mais queria naquele dia. Trinta e um de outubro de dois mil e dez. Peguei cada detalhe, mas o mais forte, com certeza, foi o cheiro. Era dominador. Até agora, quando a brisa do vento bate, ele volta com tal força que faz meu coração bater desesperadamente.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pág. 488 - CAP. XXVIII.
Garota Problema

Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Mas eu sinto que eu tô viva a cada banho de chuva que chega molhando meu corpo nu
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas e isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente aonde eu queria estar
Mas eu sinto que eu tô viva a cada banho de chuva que chega molhando meu corpo...
A minha alma nem me lembro mais
em que esquina se perdeu
ou em que mundo se enfiou
Mas já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa.
 
Pitty - Deja Vu

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É como se eu estivesse a base de morfina desde...Desde o que? Eu não tenho motivo algum para isso. Anestesiada. Paralisada. Nada me faz sorrir. Nada me faz chorar. Nada me faz sentir - pelo menos na maior parte do dia, das suas vinte e quatro horas, eu passo quinze assim e as outras nove conseguem se oscilar em risos... Inaudiveis e com nem tanta empolgação, mas ainda assim são risos.  
Não entendo... Definitivamente não entendo o porque disso... É agoniante não sentir nada. Não há fome. Não há sono. Não há saudade. Não há vontade de sorrir. Não há vontade de falar. Não há vontade de abraçar. Não há vontade de beijar. Não há vontade de beber. Não há vontade de fumar, a fumaça que ainda sai da minha boca é pelo vicio e costume. Não há vontade de nada. Nem de ficar sozinha, nem de ter alguém pelas voltas. Nem de dormir nem de ficar acordada. Simplesmente não há nada
Isso me maltrata, porque me dá peso na consciência ouvir um eu amo você e não ter a minima vontade de retribuir. Ou ser beijada e não te vontade de beijar. Ou ler algo que, há alguns dias atras, faria-me chorar e simplesmente não sentir nada. É uma droga isso. Cacete! 

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Às vezes a vida é má e eu não consigo ver a luz, um forro de prata as vezes não é suficiente para fazer alguns erros parecerem certos.O que quer que a vida traga eu já passei por tudo; e agora caio de joelhos novamente,mas eu sei que devo seguir em frente embora doa eu devo ser forte porque dentro de mim, eu sei que muitos sentem-se desse jeito.
Crianças não parem de dançar
Acredite! Você pode voar
Para longe... bem longe
Às vezes a vida é injusta e você sabe que é claro entender. Ei Deus, eu sei que sou só um ponto neste mundo. Você se esqueceu de mim?O que quer que a vida traga eu já passei por tudo e agora, estou de joelhos de novo, mas eu sei que devo ir embora; embora eu me fira eu devo ser forte porque dentro de mim eu sei que muitos pensam desse jeito
Será que estou escondido nas sombras?
Esqueça da dor e esqueça das tristezas.

Creed - Don't Stop Dancing 


And sixteen months after, girl problem is back.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tudo o que eu passo pode-se comparar a uma montanha-russa: No momento em que ela chega ao topo, logo cai. E cai tão rápido. E eu me assusto tanto. E dói.
CAP. XXVII
Garota Problema

Começou com a oscilação de humor. Ora feliz, ora triste. Depois, a auto estima caiu... Odiei meu corpo por vários dias. Sinto necessidade de emagrecer e não me sinto capaz.  Depois, veio promiscuidade. Pensamentos promíscuos, atos promíscuos. E, logo, o nada. Pensei que eram saudades do meu namorado – errado, o nada continuou a existir mesmo com ele ao meu lado. Pensei que era TPM – errado de novo. Por último, reconheci que era uma recaída.
De repente... Estava sorrindo e rindo, logo, olhei a minha volta e quis ver o fogo queimar nas coisas. Por que? Nem eu sei. De repente, eu me vi replanejando aqueles velhos planos malucos pela necessidade de sangue... Horrível! De repente – e isso é o que mais está me machucando – eu passei a desconfiar de tudo, de todos e até do nada a minha volta... Passei a desacreditar naquele amor, passei a imaginar coisas terríveis, passei a desconfiar de cada amigo ao meu lado; Perdi o controle da minha mente de novo. Surtos? Nem um por enquanto. Brigas? Nem uma por enquanto. 
Não tive vontade de fumar, não tive vontade de beber – ainda – só senti muito sono e um desejo insano de ficar sozinha e dormir, dormir e dormir... Ao mesmo tempo, queria meu namorado por perto. Num mesmo instante em que ele me dizia o que sentia, minha mente voava longe, com pensamentos completamente insanos e desumanos. Em fração de segundos, meu coração saltou e bateu mais forte, o que prendeu minha atenção e quando me dei conta de quem estava na minha frente, em meus braços, vi as lágrimas que estavam em seus olhos... Isso, felizmente, conseguiu me prender atenção – então pelo menos a dor dele continua me dando agonia -. Frações de segundos de novo e meus olhos se encheram de lágrimas; dessa vez, essa porra toda foi em fração de milésimos... Senti o sangue queimar em meus olhos e fiz uma força terrível para sorrir, mas podia sentir que meu sorriso estava apagado – não fraco, nem triste, e sim irônico... Mas não questione. Depois, em minutos curtos, fiquei desumanamente feliz, mesmo sabendo que meu namorado estava indo embora, os últimos minutos me deram um tesão do caralho – literalmente – e então, vazio de novo, quando ele se foi embora, e dessa vez, era isso mesmo. Agora, às 01h19 min da madrugada tento entender qual a porra que ta acontecendo comigo de novo. Dezesseis meses depois. Assino como garota problema, um texto que fala de distúrbios – de novo. 


domingo, 17 de outubro de 2010

Cada detalhe de você.

É o jeito que ele me olha, o modo como sorri pra mim, o jeito como ele me toca que faz meu coração parar de bater e de repente voltar com força total. É o carinho imensurável que ele me dá, a atenção que ele tem comigo. São as palavras que ele diz, é o sorriso que ele tem quando está comigo, é o riso dominador que me faz ficar zonza. É o modo como os olhos dele piscam, o cheiro que tem a roupa dele misturado com fumo, o modo como a boca dele se mexe grudada com a minha; é o desenho perfeito dos lábios dele, a tonalidade esverdeada dos olhos, a barba no rosto dele, o cabelo bagunçado. São as seis tatuagens no corpo dele, e o um metro e noventa de palhaçada. É a força física de me tirar do chão, e a força psicológica de me de prender ao chão. É a habilidade, tática ou sei lá de saber as horas só de olhar pro chão e pro céu, são as mãos quadradas exageradamente grandes, os dentes afiados como de um vampiro. É a fome desumana que ele sente, os pêlos da barriga dele e os ossinhos do quadril. É a saudade do que ele já perdeu. É o instinto protetor que ele têm. É a confiança que ele me dá, a segurança que ele me passa. É o amor que só ele saber dar. É a voz mutável e rouca dele. É o alargador na orelha e os sonhos de carros. É o nosso Miguel e nossa Manuella. É a calça preta que ele não tira. São as coisas que só a gente entende. São as marcas que ele deixa no meu corpo. É o colo dele que eu adoro cochilar. É o marlboro que ele não vive sem. São as músicas que ele canta pra mim. É a adaga que ele quer tatuar no braço esquerdo, junto ao yin yang que já tem. É o arrepio que a voz dele me causa. É o vazio que me dá te-lo longe e o efeito mais forte que LSD que tem o beijo dele em mim. É o arrepio que ele sente na barriga e na virilha. E as cócegas debaixo dos braços. É cada pedaço disso que me faz amá-lo com todas as forças que eu posso ter!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Caro amigo,

eu já sei o porque de você ser sozinho. E de quando ter amigas ao se "apaixonar" elas se afastatarem. Talvez eu tenha te dado liberdade demais. Ou não.
Mas isso é só um aviso.. O que eu tenho para te dizer, ou melhor.. Fazer.. Não será agora, nem hoje, nem amanhã, nem segunda.. Será na hora certa. Só quero que saiba que eu dei toda a minha confiança a você e estava disposta a ficar do seu lado, como amiga, mas do seu lado até o fim. Você vacilou, e agora.. Só pensa no que ta lendo aqui. Você pisou na bola e eu havia prometido estar do seu lado sempre. Você vacilou e agora, na hora certa, vai saber o que eu estou sabendo. Se cuida. Eu quis ser sua amiga.. Eu quis

com muito rancor, sua ruiva.
Um dialogo um tanto quanto (in)útil.

- Eu tô com saudades, bebe.
Era difícil me concentrar, ou sentir algo, mas eu acho que também estou com saudades.. E foi o que disse.
- É, eu também.
- Eu tô carente de Barbara.
- Eu também.
- Tá carente de Barbara?
- Não. Bom, na realidade, sim.. Há muito eu estou carente de mim mesma... Há muito eu me perdi de mim mesma, há muito eu não sei quem eu sou, o que eu sou e porque existo. 
- Tá né! - e ele riu.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Is our secret safe tonight? And are we out of sight?


Ok. Ok. Ok. O que eu vou fazer agora? Eu preciso chorar, mas não sai lágrima alguma. Eu preciso gritar, mas não sai som nenhum. Eu preciso falar, mas ninguém quer ouvir sobre isso de novo. Ok. Ok. Ok. E agora? 
Eu não tenho saída. Não tenho pra onde correr, não tenho nenhum abraço que possa ser tão quente quanto o daquela noite e nenhum sorriso que possa ser tão lindo quanto o daquele dia. Não posso me fechar, e querer morrer porque tenho duas vidas ainda por quais viver. Não posso pedir para me matarem porque seria injusto e fraco. Bom, o que fazer agora? 
Quando o chão tá se abrindo de novo, e o coração se perdeu no meu próprio corpo?
O que fazer agora?
Que as coisas estão perdendo o sentido e o cinza do céu tá me dando desespero? 
Não posso me perder de novo, não seria justo. Não posso chorar de novo sobre isso, não seria certo.
O que fazer agora?
Quando não tenho mais vontade de ver ninguém, nem de ouvir ninguém, nem de abraçar ninguém.
Mas ninguém merece isso, e ninguém tem nada haver com isso. 
O que eu vou fazer agora? 

It could be wrong, could be wrong,
But it should've been right,
It could be wrong, could be wrong,
To let our hearts ignite,
It could be wrong, could be wrong,
Are we digging a hole?
It could be wrong, could be wrong,
This is out of control,
It could be wrong, could be wrong,
It could never last,
It could be wrong, could be wrong,
Must erase it fast.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010




Havia muita fumaça e um cheiro que queimava meu nariz. Um trago, nada. Dois tragos, nada. Três tragos... E a fumaça desceu queimando minha garganta, eu tossi, tossi e tossi e depois... O nada.
Foi como se minha alma houvesse saído do corpo, minha garganta e meu nariz queimaram até ser anestesiado e eu não conseguir sentir mais nada. Alguns minutos de anestesia e leveza, de repente, senti pulso. Uma pulsação intensa, uma dor de cabeça intensa e o mundo parecia estar girando mais rápido. Aquela famosa brisa. Vi as arvores girarem e vi o banco levitar. Senti forte vontade de dormir, mas me controlei. Vinte, quarenta, sessenta, oitenta, cem... Sei lá eu quantos batimentos por minutos ou segundos. Moleza, fraqueza e fome, muita fome.
Calma leveza e prazer. Tum. Mais um batimento vindo com força total. Pensei que fosse dormir e não acordar jamais. Pensei que tivesse ficado doente e jamais sairia daquela brisa. Desespero.
Um, dois, três, quatro... Mais um gole de goro. Fome. Queimação...Foi como se cada parte do meu corpo estivesse queimando. Um dois. Era a porra da maconha.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010




Eu nunca vou me esquecer do modo como a luz bate no seu rosto, te deixando ainda mais bonito, como seus cílios pestanejam nos olhos quando você está com sono, e como seus olhos clareiam quando você chora. Jamais vou me esquecer do formato da sua boca e de suas tatuagens, do cheiro que você tem e de como você fica arrepiado quando toco na sua barriga. Não vou esquecer da mutação que tem a sua voz nem do modo como me pega no colo. Não vou esquecer nunca o nome da sua mãe e das músicas que você não pode ouvir. Não vou esquecer também de não tocar em certos assuntos, porque eu não gosto de te ver chorar. Eu nunca vou me esquecer do primeiro dia em que te vi, nem do primeiro abraço, nem primeiro do beijo. Também não vou esquecer de cuidar de você, nem de dizer todos os dias que eu te amo. Não vou esquecer da promessa de nunca te deixar sozinho nem de te abraçar.

Eu não vou esquecer de nada disso, nem nada daquilo, eu não vou esquecer... Independente do que possa acontecer, eu vou te guardar.



Danilo (L) Barbara. 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

dezessete de Setembro de dois mil e dez.

De novo e sem permissão, minha mente e meu coração olharam para trás. Reviveram o que não era para reviver. 
Me vi ouvindo músicas que fazem parecer que existe uma faca entrando no meu peito, me vi relendo cartas que nunca foram entregues. Me vi em frente ao espelho, com olheiras por noites mal dormidas, pálida, sem alimentar-me, com um cigarro entre os dedos e, novamente, a maldita garrafa de vodka nas mãos. Me vi distante das pessoas, lutando para não ser indiferente àquele que me ama. Me vi acordando a noite, ofegando, e com tudo aquilo na minha mente novamente. Me vi em desespero, vi aqueles olhos nos meus sonhos de novo. Senti o cheiro daquelas árvores. Ouvi o som daquela moto. Quinze meses.

vinte e um de Setembro de dois mil e dez.

Sem permissão o torpor voltou, a voz invadiu minha cabeça. De novo. Dessa vez, veio tão de repente e tão forte que não pude nem hesitar. Caí e não estou conseguindo levantar. Quatro dias sem comer direito, o que desce, sobe. Quatro dias um tanto quanto embriagada na madrugada. Quatro dias caindo de novo. Ninguém percebeu a recaída ainda. 

vinte e dois de Setembro de dois mil e dez. 

Cinco dias. Exatos quinze meses. Espero que seja o último dia de dor, angustia e bebida. Preciso encontrar o ar de novo. Preciso refazer meu coração. Não quero ninguém preocupado. Não quero ninguém dando sermão. Só eu e a minha angustia. Só eu e a minha preocupação.
Há por quem eu ainda preciso viver. (e eu amo você, bebe.)
Há por quem eu ainda deva sorrir. ( e eu também amo você, mamãe.)






Embora eu só precisasse de um sorriso para poder respirar em paz.
O3h57 min.


Nessa noite você voltou para meus sonhos. Houveram abraços, juras de amor e sorrisos; até seu cheiro pude sentir, acordei com ele em meus pulmões, estremeci ao senti-lo. Eu também consegui ouvir sua voz, o que me fez ficar com medo, porque há tempos não me recordava de nada disso. Sorri ao prestar atenção nos roncos vindo do quarto dos meus pais e ao ver o sono pesado da minha irmã pois estava tudo calmo, você não gritava ao lado de casa e nem haviam bombeiros e psiquiatras tentando te resgatar, ninguém chorava além de mim e ninguém nem imaginava que estaria sonhando com você. Provavelmente você estava dormindo, você acorda cedo. No notebook tocava stigmatized do The Calling... We live our lives on different sides but we keep together you and I... 
Tentei voltar à dormir, mas tive medo de sonhar de novo, não é bom lembrar de você, do que vivemos e de todo meu dois mil e nove quando eu tenho um namorado perfeito ao meu lado e todo mundo imagina que já superei a falta de você. 

O6h20 min


 O celular tocou, era o tal namorado perfeito, não quis atender, estava aos prantos. Me levantei, fumei o meu cigarro e mandei a ele uma mensagem avisando já estar acordada. Tomei banho, me arrumei e sai com a minha mãe. Não resisti em comentar sobre você ter aparecido nos meus sonhos, aproveitei para descobrir algo, tentei dizer que provavelmente você estava mal, ou aconteceria algo, ela nem me deixou terminar e interrompeu minha fala...
Ele não está mal, ligou para a mãe dele e disse que está muito bem, e que está namorado (...) 
Passou a contar, depois do está namorado não ouvia mais nada, não via mais nada, tentei me conectar com sua mente; ah! Se isso fosse possivel... Tentei ve-la nos seus olhos, tentei imaginar se ela o amava, não sei nem como ela é, mas imaginei a mulher perfeita para você, com olhos cor de mel e um cabelo comprido, pele branca e não tão alta, amorosa, atenciosa e paciente, cuidadosa e que nunca te deixasse sozinho. Ela é assim? Não senti ciúmes. Só medo de alguém lhe fazer mal mais uma vez. Por favor, apresente-me a essa garota, para eu ordenar que cuidem do meu fênix. 

12h37 min.


Gostaria de encontrar-te hoje. Só para saber com é essa tal namorada. Que ela o faça feliz, porque se não fizer. Mato-a.  
 
 
 
 
 
 
"... Te busco em outros corpos 
só pra afastar essa solidão, 
sem me convencer 
que essa história teve um fim... "
 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010




E de repente, a menininha cresceu. Ela já leva o namorado em casa. Ela já usa salto alto e batom vermelho. Já sabe como provocar um homem. E já beijou mais bocas do que seu pai imagina. Ela já ficou bebada e vive com um cigarro entre os dedos. Já sabe como machucar alguém. E já sabe que não deve chorar por nada. Já foi sensivel hoje é fria. E de repente, ela já tem mais cabeça do que qualquer mulher. 
Ela já sabe a medida exata para seduzir alguém e esculachar alguém também. Ela já ficou excitada. E de repente, ela já pode ser uma mulher.
Já sabe o que quer da vida e já usa tinta nos cabelos. Já planeja ter seu carro e seu apartamento. Já tem argumentos para tudo o que quer. E já sabe manipular o homem ou mulher que quiser. Já brigou com amigas e já traiu um namorado. Ela já falou com todos os estranhos que a mãe sempre disse para ficar longe. E de repente ela já quer transar. E de repente ela já saiu a noite, já vomitou de tão bebada. 
Ela já sabe estudar. Já sonha com uma profissão e já pode cuidar do irmão. De repente ela já faz comida. Já lava a louça e cuida do namorado. 
E de repente ela tem... Quantos anos? E de repente isso não importa, e de repente ela já é mulher.