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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Parece um sonho. E por mais irônico que isso seja, foi assim que eu te vi, te senti, desde o principio, por mais cotidianas que fosse nossas conversas, tinha um quê de lúdico, algo totalmente a par dos meus dias chatos e cansados, era uma fuga, bem de mansinho, e foi ficando mais denso, e eu fui fugindo cada vez mais, querendo me aconchegar nos seus braços, querendo que o sonho se tornasse realidade. Pois é isso que costumamos querer dos sonhos, não é óbvio. E foi exatamente isso que você me disse na primeira noite de realidade, parece um sonho, e, vai ver foi por isso eu continuei achando que era um sonho, e por mais concreto que fosse, acabei deixando de lhe tratar como realidade. Pois os sonhos que queremos que se realizem, são aqueles onde só cabem as coisas boas, as partes bonitas. Porque, pra parte ruim, guardam-se os pesadelos. É assim que eu sempre dividi a vida, entre sonhos e pesadelos.


Os sonhos, em sua maioria são compartilhados, fazem os olhos brilhar, suspiros e coração acelerado, alguns tiram o folego, e estes, prefiro guardar só pra mim.Mas quanto aos pesadelos, feios, sujos, vergonhosos, desses ninguém precisa saber, nem eu. E até nos momentos pesadelo, onde um beliscão teria doído menos que seus olhos, até nesses momentos, você parecia um sonho, a fuga para qual eu queria abraçar e esquecer o que estava sendo dito, feito, acusado, negado,confirmado.


Mas sabe, tenho até vergonha de contar, mas aqui vai. Um, dois, três. – Antes de te conhecer, eu não gostava de acordar. Digo, acordar era algo ao qual eu não conseguia dizer, se era bom ou ruim. Deixo as ansiedades, as certezas incertas, o frio na barriga e ser firme ao afirmar que não era bem isso, que era apenas uma vontade, uma curiosidade de saber a sensação, e se, depois de saciada ela seguiu, então, ora, não era tão raso assim. Mas sabe, eu ainda não gosto de acordar, digo, ao dormir ao menos tenho uma chance, por menor que seja de sonhar contigo. A não ser quando eu durmo contigo, aí sim, acordar é urgente, quero que o sono acabe logo pra que eu possa-te olhar dormindo. Ora pois, como hei de imaginar, qualquer realidade sem o meu pedaço de sonho.






Carolina Barbosa de Oliveira

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