» indexaboutmessagelinks
<$BlogDateHeaderDate$>, <$BlogItemDateTime$> >(comment)

<$BlogItemBody$>


« previous
next »
-->

terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Oscilando entre o desespero da saudade o amor desenfreado e o nada mudo e surdo. Com sentimentos reprimidos, lágrimas sem controle e um nó na garganta que não desaparece por nada.
Fumando um cigarro a cada vinte minutos e com uma vontade quase incontrolável de ficar embriagada para esquecer um pouco do que faz doer.
Eu me sinto descendo num poço imundo, onde posso chegar ao seu fim e demorar horas, dias, ou talvez meses para voltar, ou mesmo, nunca chegar ao seu fim. Vai ficando escuro, cada vez mais escuro e tudo que sai da minha boca são xingos e ódio. Um ódio desenfreado, assim como o amor. Que vez ou outra dá um toque no celular e traz uma calmaria que tenho medo de perder.
Poderia afirmar que é sem razão e sem motivo, mas tudo que faz minha cabeça girar grita que há um motivo, ou talvez dois. Que existe sim uma razão para que isso ocorra.
Dezoito de janeiro de dois mil e onze. Poderia ser um ano e sete meses. Vinte e cinco de janeiro de dois mil e onze. É um ano e sete meses. De uma separação dolorida, que machuca até hoje...
De lembranças que são como facadas no peito e golpes na cabeça. Que fazem com que eu sinta cada músculo do corpo sangrar, principalmente aquele que bombeia todo o sangue do meu corpo.
Como uma parte do seu corpo sendo arrancada. Como se enfiassem um lápis em cada um de seus olhos te deixando sem visão. Com palavras que as pessoas dizem tentando – em vão – que tenha o mesmo efeito do veneno injetado no corpo do Wolverine – apagar toda a memória do passado pouco distante. Como arrancar um filho de uma mãe. Penso que sejam comparações um tanto quanto certas para o que aconteceu.
Do que cada lembrança causa.
A lembrança de cada sorriso, do perfume, de cada abraço, de cada conversa, de cada conselho, de cada briga comprada, de cada cuidado, de toda a proteção.
Uma saudade maluca, impossível de conter e sem saída. Uma saudade que só passará com a presença, ou mesmo com o cheiro, ou a voz... Uma saudade que só passará com algum sinal de aquilo existiu e foi real. Talvez não seja saudade, talvez sejam só lembranças se perdendo e por isso machucam tanto, porque falta, falta crer que aquilo foi real.
E é uma coisa estranha, porque eu tenho –quase - tudo que eu preciso, mesmo. Um namorado maravilhoso que domina cada parte de mim, uma mãe meio louca, mas que eu amo mais que tudo e um pai ciumento e carente que eu tenho vontade de pegar no colo e dizer que amo todos os dias... E, bom, uma irmã filha da puta que me irrita e que eu tenho vontade de decapitar e tacar o corpo de um lado e cabeça do outro, mas que apesar de tudo, no fundo, beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem lá no fundo, eu tenho um sentimento bem carinhoso por...
Mas aquilo falta, e sempre faltará. Até o ultimo dia da minha vida faltará. O sorriso torto, o perfume com um cheiro fino e meio adocicado, o gosto de conhaque com licor, o abraço quente, o eu te amo tanto inesperado, a moto barulhenta, a proteção, as promessas, tudo isso sempre faltará. Porque não muda, quando é verdadeiro não passa, quando é prometido não se rompe, quando é tão fraterno e intenso não desmorona. E é assim, e sempre foi. E sempre será. Verdadeiro. Prometido. Fraterno. Intenso. Como a cinco anos atrás. Como a dois anos atrás. Como a um ano e sete meses atrás. Sempre. Por toda minha vida. Por toda tua vida. Por todo nosso tempo. Por tudo aquilo que um dia nos pertenceu. Sempre amarei. Sempre sentirei falta. Sempre chorarei.
Por que foi meu céu e meu chão, meu frio e meu calor, meu sol e minha chuva, minha calma e meu tormento, meu perigo e meu alento. E tudo isso e tudo aquilo jamais se perderá, jamais mudará.

Um comentário:

  1. oh my... agora fui eu quem se emocionou.
    que texto lindo.
    estas sumida...

    ResponderExcluir