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sábado, 16 de julho de 2011

15/07/2011 22:37
E como fazer então? Ela me têm, quando precisa. No dinheiro, no amor, do carinho, na ajuda... Sempre. Todos os dias. E a outra... Não tem, para nada. Para absolutamente nada. Dela apenas escuta xingos, dela apenas escutas gritos e até mesmo ameaças... E de mim? É apenas carência, amor, sonho, ajuda. E eu não cobro dela nada. Não peço nada em troca, mas, ela poderia pensar, poderia tentar me compreender. Tentar permitir que eu não me destrua por dentro. Tentar se permitir de entender o que eu fui, o que eu sou, e quais são as possibilidades de me tornar pior do que isso aí tudo.
Talvez seja pedir demais compreensão, como talvez não seja difícil demais retribuir.
Depois das asas que abri mão por ela, depois dos sorrisos que perdi por ela, depois das roupas que troquei por ela, das mentiras que contei por ela, do ódio que criei por proteção a ela. A outra vem de manso, com interesse escrito no rosto, percebido na fala, transparente no olhar... E eu fico de lado. Largada no meio da estrada escura. Na noite de chuva. Recebo olhar de indiferença quando apresento as notas perfeitas, em quanto à outra, recebe pena pela sem vergonhisse de ter notas sujas, de zero a meio e ainda por cima ganha um sorriso de pergunta sobre ajuda.
E eu? Alô! Será que alguém tá a fim de me enxergar? Mãe, caramba. Fui eu que te dei apoio, amor, carinho. Fui eu. Ei, a outra é ruim. Lembra?
A ajuda pra ela é um tapa na cara pra acordar, mas e a minha? Que eu nem mesma sei, e a minha ajuda que é física, psicológica e emocional. Que se não vier... Pode me levar a um caixão, ou talvez a outro coma alcoólico. E a minha? Que se não vier vai me deixar sem coração pra sempre.
Ela não te dá nada além de desgosto, mas não é ela quem escuta isso todo dia. Sou eu, da sua boca, depois de arrumar toda a sua casa, fazer a comida, e te mostrar meus oitos, nove e dez de notas. Sou eu quem ganho a indiferença, depois de não dormir pensando em como te ajudar a pagar aquela conta, depois e mandar meu próprio pai tomar no cú porque você tá chorando por ele. É ela que ganha o cobertor no meio da noite, o leite quente na cama, e o filha todo dia. Eu? É Barbara daqui, Barbara dali. Não tem cobertor e nem leite quente... E não, não é porque ela é mais nova... Porque ela também não é criança, não mais também. É por algum motivo dentro do coração de mãe, que parece querer impressionar a outra, que sempre a humilhou. É por algum motivo inútil e desconhecido, que não deveria existir. Não, ele não deveria existir. 

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