São vinte pra uma da manhã e eu tenho uma xícara de café nas mãos.
São vinte pra uma da manhã e eu não consegui dormir ainda.
Há um único motivo para essa insônia.
São vinte pra uma da manhã e eu desejo você mais do que nunca.
Não sei porque. Nem pra que.
Mas eu queria só a sua presença aqui.
Eu sei que se você estiver dormindo está sonhando comigo.
Eu sei que se estiver acordado, está pensando em mim.
Mas nada se compara em ter suas mãos duplamente grandes passando pelo meu rosto, descendo pra minha nuca, acariciando meu pescoço.
Nada se compara com seus lábios sob meu cabelo. Com seu cheiro me servindo de calmante.
Eu conseguiria dormir se estivesse aqui.
Estaria dormindo no seu colo, sentindo seu cheiro... Não fumando que nem louca, escrevendo coisas para me acalmar.
Eu sei que és só meu. Assim como sou só sua.
Eu sei o quanto me ama. Assim como sei o quanto eu amo você.
Mas gostaria do seu sorriso, agora.
Da sua voz dizendo que me ama e que não vive sem mim.
Isso prova a necessidade que eu tenho de você. Isso prova o quão grande é esse sentimento que levo comigo.
Eu me sinto morta sem você por perto.
Saímos, nos beijamos, nos declaramos, sorrimos, ficamos felizes.
Momento de êxtase total. Chego em casa, feliz. Sorrindo.
Passam-se algumas horas, eu já quero você de novo. Já dá saudade. Saudade que machuca, saudade que não deixa sorrir.
Mas é o amor, é a necessidade de te ter. É o medo de perder você.
Agora já são cinco pra uma da manhã, hoje é dia vinte um de Agosto de dois mil e dez e eu espero estar escrevendo sobre você de novo, quando fora dia vinte um e Agosto de dois mil e onze.
Isso prova que eu te quero até o fim. Isso prova que faço planos para o que, agora, chamamos de nós.
Eu só queria você aqui, nesse momento, já que estou inspirada, para poder te dizer e confirmar a sua certeza de que eu amo você.