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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

dezessete de Setembro de dois mil e dez.

De novo e sem permissão, minha mente e meu coração olharam para trás. Reviveram o que não era para reviver. 
Me vi ouvindo músicas que fazem parecer que existe uma faca entrando no meu peito, me vi relendo cartas que nunca foram entregues. Me vi em frente ao espelho, com olheiras por noites mal dormidas, pálida, sem alimentar-me, com um cigarro entre os dedos e, novamente, a maldita garrafa de vodka nas mãos. Me vi distante das pessoas, lutando para não ser indiferente àquele que me ama. Me vi acordando a noite, ofegando, e com tudo aquilo na minha mente novamente. Me vi em desespero, vi aqueles olhos nos meus sonhos de novo. Senti o cheiro daquelas árvores. Ouvi o som daquela moto. Quinze meses.

vinte e um de Setembro de dois mil e dez.

Sem permissão o torpor voltou, a voz invadiu minha cabeça. De novo. Dessa vez, veio tão de repente e tão forte que não pude nem hesitar. Caí e não estou conseguindo levantar. Quatro dias sem comer direito, o que desce, sobe. Quatro dias um tanto quanto embriagada na madrugada. Quatro dias caindo de novo. Ninguém percebeu a recaída ainda. 

vinte e dois de Setembro de dois mil e dez. 

Cinco dias. Exatos quinze meses. Espero que seja o último dia de dor, angustia e bebida. Preciso encontrar o ar de novo. Preciso refazer meu coração. Não quero ninguém preocupado. Não quero ninguém dando sermão. Só eu e a minha angustia. Só eu e a minha preocupação.
Há por quem eu ainda preciso viver. (e eu amo você, bebe.)
Há por quem eu ainda deva sorrir. ( e eu também amo você, mamãe.)






Embora eu só precisasse de um sorriso para poder respirar em paz.

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