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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Eu dançava, brincava, ria, bebia. A música estava a decibeis que podriam ensurdecer qualquer um. Só se ouvia ali. Só ali. Ou pelo menos, qualquer humano normal não ouviria nada além do som, qualquer humano que não conhecesse o som do amor. Dançava como louca, definitivamente não seria fácil ouvir algo fora daquele espaço, mas, um grito, de repente, me estacionou, me paralisou.. Não me lembro direito, só sei que eu dançava com algum garoto que acabara de conhecer, não sei se era bonito, não sei se era feio, porque a cena a seguir apagou toda a minha memória.
O grito me fez parar, parada como uma estatua o som do local parecia ter cessado, mas as pessoas a vola dançavam, então, ele só haveria cessado para mim? Parecia. O grito, novamente, sai correndo da festa. Não sei o que me fez correr, qual a causa, ou melhor, não sabia.. Até ver. Então, ficou claro, eu reconheceria essa voz a quilometros de distancia. O timbre, o tom, a essencia dela. Ela me toca de um modo que não sei dizer até hoje, mas nesse dia, foi incrivel... Eu sai do lugar, correndo, quando vi a cena que domina minha mente até hoje, que apagou todas as memórias.. Ele estava morto. Um grito de desespero se formou em minha garganta. Não conseguia gritar, não conseguia falar. Eu me agachei e vi.. Ele não havia morrido, ele havia se matado.. O corte na sua garganta estava grande a a faca do lado, na mão. Por que, por que, por que? Eu fiquei parada ali, sem saber o que falar, o que pensar.. Toda nossa familia curtindo la dentro os grandes decibeis de som e só eu, só eu conseguira ouvir o grito, só eu sabia da verdade.Só eu por todo esse tempo entendia a realidade da sua vida, só eu.. Agora ele estava morto, sem vida. E só eu sofreria, só eu sofri, só eu sofro.. Porque sempre, fui somente eu quem realmente me importei.. Naquele instante, deitei do seu lado, não havia nada a se fazer, controlei o choro, controlei a raiva, a dor, deitei, recostei minha cabeça no seu peito ensanguentado e segurei sua mão. Dei um leve beijo nos seus labios e pedi a Deus para ser um sonho, ou então me levar junto (...)

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